Eduardo Campos, em seu discurso em Pirapama, além de reafirmar a promessa de universalização da água, reforçou a tese de que é preciso acabar com o uso eleitoral da água. “Vamos acabar com esta história de quem tem um chafariz controla o voto”, anunciou, em uma das frases de efeito.

O governador também disse que, conhecendo as coisas, é mais fácil fazer do que sem conhecê-las. “Nós conhecemos a realidade e podemos fazer com justiça”, enunciou.

No mesmo palavrório, Eduardo Campos atacou as elites do Estado. “O abastecimento de água é estratégico em nosso governo”, disse.

E previu que vai acabar a “luta pela água, que manteve as oligarquias massacrando as populações do interior do Estado e as dos morros no Grande Recife”, citou. “Estamos fazendo com a água o que há 20 anos o governador Miguel Arraes fez com a energia”, comparou.

No mesmo discurso, ao falar sobre as obras que, como Pirapama, levam anos para sair do papel, prejudicando a população, o governador acabou criando uma situação engraçada. “A Adutora do Oeste surgiu em 92, Inocêncio se lembra”, disse, voltando-se para o hoje aliado Inocêncio Oliveira. “Até hoje não foi concluída”, afirmou.

O deputado federal e manda chuva do PR não teve remédio a não ser balançar positivamente a cabeça.

Durante muitos anos, Inocêncio foi responsável pelas indicações no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).