Por Isaltino Nascimento Após oito meses de lançamento do Pacto pela Vida, os números de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) computados pela Secretaria de Defesa Social no período mostram que os esforços no sentido de conter a violência em Pernambuco estão surtindo efeito.

De maio (quando foi lançado o Pacto) a dezembro de 2007, a redução na taxa de homicídios no Estado foi de 6,1%, com 155 mortes a menos que no mesmo período de 2006.

Os dados foram anunciados em coletiva realizada na última sexta-feira pelo secretário Servilho Paiva, que também divulgou os números totais de homicídios de 2007, numa demonstração de que este governo prefere trabalhar com os índices sobre a mesa.

Vale lembrar que nos últimos oito anos ocorreu o contrário, com o governo digladiando com imprensa e população na tentativa de esconder e mascarar os números da violência.

Observando os números totais de homicídios em 2007, há quem considere a redução de 2,2% na taxa de homicídios pouco significativa.

Contudo, este foi o terceiro ano menos violento da última década.

E se observamos 2007 por quadrimestres, veremos que há realmente um novo quadro se configurando na área de segurança pública, que tende a melhorar em 2008.

Vejamos: de setembro a dezembro de 2007, houve uma queda acentuada e constante nos crimes contra a vida em Pernambuco, com redução de 12,4% no período.

Isso significa menos 186 mortes.

Se olharmos para o mesmo período de 2006, se vê que ocorreu um acréscimo de 8,6% na taxa de homicídios com relação ao último quadrimestre de 2005.

Aquele incremento representava a exacerbação de uma onda de violência que só viria a ser estacionada em abril de 2007, coincidindo com o início das operações contra grupos de extermínio no Estado.

Poderia detalhar outros números divulgados pela SDS (que foram disponibilizados à Imprensa), mas adentro em questões pertinentes ao assunto que precisam ser destacadas.

Estes resultados devem ser comemorados sim.

Afinal, foram conquistados em um ano de mudança de governo, no qual se trabalhou com o orçamento definido pelos gestores anteriores.

Sem falar que o que se encontrou foi uma segurança pública sucateada, com graves problemas de infra-estrutura e profissionais desestimulados em função da falta de atenção com o quadro de pessoal.

Alguns dados podem ser destacados: 80% das viaturas policias estavam quebradas, não existia oxigenação nos quadros da Polícia Civil, muito menos promoções na Polícia Militar.

Não podemos esquecer que um dos grandes avanços deste governo é tratar a segurança pública como questão de Estado.

Ao conclamar a sociedade a colaborar na elaboração das políticas públicas de segurança, que resultou no Plano Estadual de Segurança Pública, isso ficou claro.

O que será fortalecido com a realização da 1ª Conferência Estadual de Segurança, a ser realizada em maio de 2008, após as conferências municipais e regionais, previstas para acontecerem de janeiro a abril.

Além disso, ter na SDS o trabalho voltado para a gestão integrada, com a preocupação de atuar em conjunto com a municipalidade e a União, é demasiado importante.

Sem falar na união com áreas estratégicas como a Saúde, a Educação, a Assistência social, a Mulher, a Juventude, a Cultura, o Esporte.

Os pernambucanos esperam mudanças e elas estão acontecendo, os números não deixam dúvidas.

Mais reduções de crimes violentos são esperadas, e o trabalho prossegue, árduo, contínuo, difícil, mas não impossível.

Esperamos avançar, afinal este não é um desejo só nosso, mas de todos os pernambucanos.

Este governo prefere trabalhar com os números sobre a mesa, o que só ajuda a enfrentar a questão.

PS: Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do governo na AL, escreve para o Blog de Jamildo todas as terças-feiras.