O governo já começou a avaliar a distribuição de cargos em ministérios e estatais para aliados.
A afirmação foi feita hoje (8) pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio.
Ele não informou, entretanto, quantos cargos serão entregues e limitou-se a dizer que são “algumas dezenas” para atender demandas reprimidas em todos os estados.
As nomeações foram o tema da reunião entre Múcio e os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, hoje (8), no Palácio do Planalto.
Questionado se o objetivo da distribuição de cargos é facilitar a aprovação no Congresso Nacional das medidas anunciadas para compensar a perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Múcio negou a hipótese e afirmou que são ajustes para manter o bom relacionamento com a base aliada. “É para manter as relações cordiais com a base, é um trabalho de rotina.
Não estamos fazendo isso por conta de alguma coisa.
Estamos fazendo isso porque precisamos fazer.
São ajustes naturais que todo governo precisa fazer”, disse o ministro, depois do encontro com Bernardo e Dulci. “Não se tratou de nomes, mas de regras”, completou.
Em relação a uma possível insatisfação dos aliados por não terem sido avisados sobre o anúncio das medidas compensatórias, Múcio afirmou que a base nunca está “100% satisfeita”.
Sobre um novo nome para o comando do Ministério de Minas e Energia, Múcio disse que o caso está próximo de um desfecho. “Não tratamos desse assunto na reunião de hoje (8), porque é um assunto do presidente”.
Desde a saída de Silas Rondeau, em maio de 2007, por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos, Nelson Hubner assumiu interinamente a pasta.
A vaga deve ficar com o PMDB.
Em dezembro, o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou que o presidente Lula deve divulgar o nome do novo ministro na primeira quinzena deste mês.