Do Estado de S.
Paulo O argumento apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião da última quarta-feira, no Palácio do Planalto, foi o de que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ajudará a frear o consumo, além de garantir receita adicional ao governo.
Essa dupla função das medidas foi ressaltada por Mantega, que manifestou, pela primeira vez, preocupação com a forte expansão da demanda dos últimos meses.
Não foi por outra razão que a alíquota do IOF nas operações de crédito das pessoas físicas foi dobrada, antes de ser elevada em 0,38 ponto porcentual como as demais.
O crédito que mais cresce é o destinado às pessoas físicas, que aproveitam a ampliação do prazo dos financiamentos para comprar bens de consumo duráveis.
Antes de ser apresentado a Lula, o pacote de medidas foi discutido com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que concordou.
Há algum tempo, Meirelles faz chegar ao Palácio do Planalto os seus temores com o ritmo de crescimento da demanda e da inflação.
Na análise que fez ao presidente, Mantega disse que a inflação nas últimas semanas apresentou aceleração um pouco mais forte do que o governo esperava.
Ele mostrou também dados sobre a evolução do consumo, alavancado pelo aumento da massa salarial e pela explosão do crédito.
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