Da Agência Brasil e Folha Online Ao deixar neste domingo (6) o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o vice-presidente José Alencar (PRB) afirmou que o pacote anunciado pelo governo federal para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é remendo. “Tudo isso que se faz são remendos.

Um dos fatores mais importantes de estabilidade monetária é o equilíbrio orçamentário.

Não se pode brincar com o orçamento.

Daí a razão pela qual a responsabilidade fiscal tem sido um fator de maior relevância no controle da inflação.” Alencar recebeu alta na manhã de hoje após sessão de quimioterapia.

Segundo o hospital, a internação foi necessária para dar continuidade ao tratamento iniciado pelo vice-presidente após cirurgia realizada em outubro do ano passado para retirada de um tumor no abdome.

Sobre seu estado de saúde, ele disse que está “tudo bem” e que se encontra em tratamento por causa do tumor.

O tratamento será retomado após três semanas, quando Alencar deve retornar ao hospital para uma nova etapa de quimioterapia.

Ele deve retornar nesta segunda-feira a Brasília.

REFORMA Alencar disse ainda que o governo deve se comprometer com a urgência da reforma tributária. “Ela precisa sair.

O governo já está preparando, por ordem do presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) e através do Ministério da Fazenda.

Essa proposta tem que ser discutida na esfera do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), do qual participam os secretários de Fazenda de todos os Estados.” Segundo ele, a intenção do governo é “simplificar o sistema tributário nacional” e recriá-lo de uma forma que não prejudique nenhum Estado. “Obviamente que essa simplificação traz mudanças que devem ser adaptadas para não prejudicar determinados Estados.” Para Alencar, somente a reforma poderia “consertar as coisas erradas do sistema tributário brasileiro”. “No momento em que se chegar a um acordo com relação a isso, será mandada para o Congresso Nacional em forma de mensagem do Executivo, provavelmente com o aval dos 27 governadores, para que o Congresso vote o mais rapidamente possível.”