Os ingressos para o show da banda Brascuba, formada pelos três cubanos que pediram refúgio ao Brasil e outros dois brasileiros que se juntaram ao grupo, começam a ser vendidos a partir da próxima segunda (dia 7), no restaurante Assúcar, no Paço Alfândega, e no bar Biruta, no Pina.

O show está marcado para as 22 horas da próxima sexta-feira (11), no terraço do Paço.

Custam R$ 30,00 (individual), R$ 200,00 (mesa para 4) e R$ 520,00 (mesa para 8).

A banda concluiu nesta sexta (4), uma série de ensaios que vinha fazendo diariamente no Teatro Ribeira, no Centro de Convenções - espaço cedido pela Empetur e secretaria de Turismo do Estado.

A partir da segunda, deve continuar ensaiando em um estúdio particular.

O show tem produção de Edwis Torres e Gledson Silva, o casal de professores de dança que abrigou os cubanos em seu apartamento, no bairro da Torre, desde que eles resolveram desertar de Cuba, no final do ano passado, após realizarem apresentações no Recife com a banda Los Galanes.

Segundo o advogado José Antônio Ferreira, que representa os cubanos no processo de refúgio, o pedido para registro do nome Brascuba já foi encaminhado ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

E na segunda (7) o escritório local da Ordem dos Músicos do Brasil deve conceder a licença para que a banda possa atuar. “Tudo está sendo feito com muito profissionalismo”, disse o advogado.

Ele se encarregará, inclusive, de analisar os contratos que venham a ser propostos à banda. “Por enquanto, não há nenhum contrato assinado”, disse. “Propostas são muitas.

Mas, primeiro, é preciso lançar a banda no show do dia 11”, contou.

SOLIDARIEDADE De acordo com José Antônio Ferreira, a banda está recebendo o apoio de diversas frentes.

Além da Empetur/ Secretaria de Turismo e do estúdio particular que forneceram os espaço para os ensaios, o local do show também é resultado do suporte de empresários que resolveram ajudar a Brascuba. Álvaro Jucá, do Paço Alfândega, e André Araújo, do restaurante Assúcar, cederam o terraço panorâmico do shopping para a apresentação.

A estilista e sócia da grife Refazenda, Magna Coeli, se encarregou do figurino da banda.

Toda a renda do show será revertida para os músicos.

Miguel Angel Costafreda (vocais e maracas), Arodis Pompa (guitarra 3) e Juán Diaz (violão) conseguiram do governo brasileiro visto provisório de permanência no País, o que lhes permite trabalhar legalmente.

Eles aguardam para o final de fevereiro ou início de março o julgamento definitivo de seu pedido de refúgio pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), órgão ligado ao Ministério da Justiça.

Os dois brasileiros que se incorporaram à banda são Dadal de Jesus (contrabaixo) e Júnior do Jarro (percussão).