No encontro desta quarta (2), no Palácio do Campo das Princesas, o governador Eduardo Campos (PSB) reafirmou sua confiança no prefeito João Paulo (PT) como condutor do processo sucessório no Recife.

E voltou a delimitar a fronteira entre a ação administrativa de seu governo e a atuação política visando às eleições municipais. “Uma coisa é governo, outra é eleição.

Nosso governo não se envolve com eleição”, disse, ao lado do prefeito, depois da reunião em que João Paulo apresentou a agenda de conversas que pretende ter com os partidos aliados, começando nesta quinta (leia mais aqui).

O governador negou, no entanto, que estivesse mandando um recado para o secretário de Desenvolvimento Econômico Fernando Bezerra Coelho que, em entrevista publicada pelo JC no último domingo (30), criticou a forma como o prefeito vem conduzindo a sua sucessão. “Fernando é um quadro político reconhecido pela sua liderança.

Respeito a opinião dele da mesma forma que respeito a opinião de João Paulo, Armando (Monteiro) e Luciano (Siqueira)”, disse.

Eduardo explicou que, assim como no Recife, a condução do processo sucessório nos demais municípios onde o governo tem prefeitos aliados caberá ao chefe do executivo municipal.

DIÁLOGO Segundo o governador, a agenda de conversas entre João Paulo, os demais partidos aliados e o próprio PT deve tomar todo o mês de janeiro e parte de fevereiro. “Ao cabo deste processo, João vai nos fazer um relato”, afirmou.

Eduardo contou que vai estar à disposição do prefeito sempre que for preciso contribuir com o diálogo.

Mas ressaltou que João Paulo reúne as condições para conduzir as conversas com os aliados. “Quando se tem a sustentação de 18 partidos, a gente deseja que todos estejam presentes (na aliança para as próximas eleições).

Mas entre o desejo e a realidade vai depender do trabalho que João Paulo relalizar”, contou.

O governador insistiu na tese de que não há fissuras na sua relação com João Paulo. “Semprte tivemos uma relação de muito respeito.

Não pensamos igual sobre tudo.

Mas o que nos une é muito mais forte do que o que nos separa”, destacou.