Da editoria de Política do JC O tom conciliador adotado pelo prefeito João Paulo em relação ao PSB do governador Eduardo Campos ficou de lado, ontem, quando ele foi perguntado sobre a dura avaliação do deputado federal Inocêncio Oliveira, presidente estadual do PR, que questionou o potencial eleitoral do secretário de Planejamento Participativo da PCR, João da Costa, nome preferido do prefeito para a sucessão do Recife.

Em entrevista na quarta-feira, Inocêncio chegou a afirmar que diria na cara de João Paulo que a tática dele não deu certo e que não iria “perder com João da Costa” em 2008. “Acho que foi uma postura muito grosseira do deputado Inocêncio Oliveira.

Esse negócio de ‘dizer na cara’ é uma expressão que remonta ao coronelismo na forma de fazer política”, rebateu João Paulo.

O prefeito destacou que o PT tem uma gestão vitoriosa no Recife e ainda não definiu o nome do seu candidato. “Acho que o que o ele (Inocêncio) diz pode servir até para outra cidade, mas para o Recife a avaliação não serve.

Até porque, quando fui candidato a prefeito eu tinha 3% a 4% das intenções de voto e ganhei, quanto mais agora numa administração onde temos a terceira melhor avaliação do Brasil”, completou.

Na defesa de João Costa, João Paulo lembrou que seu secretário se elegeu deputado estadual com um número expressivo de votos (foi o terceiro colocado, com mais de 67 mil votos). “Além disso, somos aliados do presidente Lula e do governo Eduardo Campos.

Acho que foi uma forma precipitada (de Inocêncio) em fazer essa intervenção”, argumentou.

As críticas do líder do PR foram feitas durante a festa de confraternização do partido.

Na ocasião, o deputado disse que não acreditava no potencial eleitoral de João da Costa e afirmou ser contrário à estratégia de João Paulo de lançar seu secretário de Planejamento Participativo, alegando que seria a maior loucura da história política do Recife. “Se querem perder, percam só”, completou Inocêncio.