O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse na tarde desta sexta (28) que a reforma urbana tem de ser prioridade na agenda dos governos no Brasil, já que a grande maioria da população está nas cidades.
E avaliou que a reforma agrária deixou de ser uma prioridade nacional. “Não podemos esperar até 2.050 para que todas as cidades sejam saneadas”, afirmou, durante almoço de confraternização do PPS estadual, na Ilha do Leite, no Recife.
Ele lembrou que quando as Ligas Camponesas ocupavam propriedades décadas atrás, as reações eram violentas e falava-se em ameaça das instituições.
Tudo isso porque, à época, o campo ainda ocupava uma posição central na disputa pelo poder, dentro do contexto de um acirrado debate ideológico. “Hoje o MST invade adoidado e nada acontece de mais importante.
Tudo acaba sendo resolvido na Justiça.
Por quê?
Porque estas invasões não atrapalham em nada a economia agrária brasileira, que deu um salto tecnológico nas últimas décadas e atualmente é uma das mais avançadas do mundo”, analisou.
Segundo Freire, ainda há questões a se resolver no campo.
Mas são bolsões, regiões específicas, que não envolvem mais a necessidade de uma grande reforma agrária como um dia já se pensou no Brasil.
O ex-deputado e suplente de senador ressaltou, ainda, que a Constituição de 1988 tem um bom capítulo sobre as cidades - base possível para, aí sim, uma ampla e necessária reforma urbana.
Daqui a pouco, mais.