A prorrogação da CPMF só foi rejeitada no Senado por causa da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar que os mandatos pertencem aos partidos e não aos candidatos eleitos.

A tese é do presidente nacional do PPS, ex-deputado Roberto Freire.

Para justificar o raciocínio, ele afirmou que vários senadores só votaram contra a prorrogação do imposto por receio de terem os mandatos requisitados pelos partidos. “Você tinha diversos votos a favor do governo, que acabaram do lado contrário”, disse.

Freire, que na tarde desta sexta (28) participou de almoço de confraternização do PPS no Recife, avaliou que a derrubada da CPMF pelo Senado foi a derrota do sistema tributário brasileiro. “Lula ficou com aquela demogogia de dizer que quem era contra a CPMF era contra os pobres, o que não é verdade.

Como a grande maioria dos impostos brasileiros, a CPMF é regressiva”, disse.

Regressivos são impostos que incidem da mesma maneiras sobre quem ganha mais e quem ganha menos. “A queda da CPMF colocou a reforma tributária na ordem do dia.

Mas desde 2003, todo ano o governo Lula promete enviar a reforma ao Congresso no primeiro semestre e até hoje não chegou”, bateu.

Mais daqui a pouco.