Da Agência Brasil O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, reafirmou nesta quarta (26), durante entrevista à imprensa que a política social e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não sofrerão cortes no orçamento do próximo ano. “Saúde não pode ter cortes, já foi cortada.
Os programas sociais, o PAC, o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) não sofrerão cortes”, afirmou o ministro.
Sobre a liberação dos recursos para emendas parlamentares, que podem sofrer cortes, Múcio disse que a realidade é bem distante do cenário ideal.
Ele, no entanto, disse que o governo fará o possível para atender às reivindicações dos deputados e senadores. “Há um distanciamento muito grande entre o sonho e o possível.
O orçamento tem sempre sido bem maior do que os governos podem realizar.
Vamos tentar até o final do ano empenhar para cumprir nossa obrigação no que for possível”, disse.
Por causa da rejeição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado, os recursos do governo terão de sofrer ajustes.
De acordo com o deputado José Pimentel (PT-CE), relator da proposta do Orçamento-Geral da União para 2008 deverá sofrer cortes de R$ 30 bilhões por causa do fim da CPMF, cuja arrecadação estimada para o próximo ano era de R$ 40 bilhões.
PRONUNCIAMENTO Embora o discurso do governo seja na linha de que não haverá aumento de impostos, a equipe econômica estuda a possibilidade de elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), do Imposto sobre Serviços (ISS) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Múcio confirmou para esta quinta (27), o pronunciamento do presidente Lula em cadeia de rádio e tv, fazendo um balanço de 2007 e falando sobre as perspectivas para 2008.
O tom da mensagem será de vitória e otimismo, apesar da perda da CPMF no Senado.
Entre os temas que serão destacados por Lula, o aumento no número de empregos com carteira assinada, crescimento econômico e os 20 milhões de brasileiros que migraram das classes D/ E para a C. “O presidente vai falar sobre a economia, o crescimento e o momento extraordinário que o Brasil está vivendo”, disse o ministro. (Com a Agência Estado)