Os três cubanos que pediram refúgio ao Brasil, no Recife, concluíram a formação da banda com que pretendem iniciar uma nova carreira artística.
E segundo o professor de dança Gledson Silva, que os acolheu quando os três decidiram desertar de Cuba, o grupo vai estrear oficialmente no dia 11 de janeiro, em festa na cobertura do Paço Alfândega, Bairro do Recife, já acertada com o empresário Álvaro Jucá.
Silva, que está fazendo o papel de empresário da nova banda, diz que o nome já foi definido.
Mas só será revelado ao longo desta semana, depois de ser registrado.
Ele adiantou, no entanto, os nomes dos dois brasileiros que vão se integrar ao grupo, agora um quinteto: na percussão, Manoel Júnior; no baixo, Dadá. “Eu já conhecia Dadá e ele trouxe Manoel Júnior”, disse Gledson Silva que, assim como sua mulher Edwis Torres, ensina dança de salão e é apaixonado pela música cubana.
Miguel Angel Costafreda, 40 anos, é vocalista e toca maracas.
Arodis Pompa, 36, toca guitarra três, típico instrumento cubano que chegou a ser proibido durante um período pelo governo de Fidel Castro.
Juna Díaz, 42, é violonista.
Na semana passada, os três receberam visto provisório de permanência, válido por três meses.
Até o início de março, o pedido de refúgio que encaminharam ao governo brasileiro será julgado pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), órgão ligado ao Ministério da Justiça.
O visto provisório já lhes garante o direito de tirar carteira de trabalho e atuar profissionalmente.
Em sua luta pela permanência no Brasil, os três contaram com apoio do deputado federal Raul Jungmann (PPS), que disse tê-los convidado para tocar na festa de confraternização do partido, em Pernambuco, nesta semana. “Não estou sabendo de nada”, afirmou (ou despistou) o empresário da banda.