Em seu discurso na Assembléia Legislativa, Terezinha Nunes ressaltou que o pagamento da dívida do estado está em seu melhor momento.
E mostrou que este ano apenas 9% da receita estadual estão comprometidos com o pagamento dos encargos, por conta de uma renegociação bem feita na administração anterior. “Para se ter uma idéia do que este número representa, na administração passada recebemos o estado com 25% da receita comprometida com o pagamento da dívida, por conta da operação com os precatórios, e conseguimos em 2006 reduzir este comprometimento para cerca de 10,7%”, disse.
Pernambuco cresceu nos últimos anos em percentuais expressivos.
Em números medidos pelo IBGE, em 2005 a taxa de crescimento do estado foi de 4,2% quando o Brasil cresceu apenas 3,2%.
De janeiro a outubro a arrecadação do ICMS cresceu menos que em 2006, apesar de não ter enfrentado, ao contrário do que houve no ano anterior, nenhuma greve dos fazendários.
A arrecadação deste imposto, no acumulado de janeiro a outubro de 2007, aumentou 10,41% em relação a 2006.
No mesmo período de 2006 o percentual de crescimento foi de 14,40%. “Há que se perguntar: porque o atual Governo tem apresentado uma performance tão acanhada em termos de resultado já que as finanças públicas estão bem, mesmo a despeito da queda no crescimento na arrecadação do ICMS?.
Atribuímos isso à falta de preparo e de projetos da equipe que é atualmente responsável pelos destinos do estado”, critica. “Os números da segurança pública são desanimadores, a educação não teve progressos paupáveis e a saúde se encontra na UTI.
O turismo, outro setor em que se prometeu uma revolução, está no segundo secretário e ainda não se conhece um projeto consistente”. “Mas não se pode dizer o mesmo do governador.
Ele tem trabalhado muito é verdade, mas concluindo e inaugurando obras da gestão anterior”, disse a deputada citando algumas como a Adutora Luiz Gonzaga, 85% construída na administração Jarbas/Mendonça; do abastecimento d`água de Caruaru, mais de 95% também realizado no governo anterior; das obras do Promata e Prodetur; dos sete novos centros de ensino em Tempo Integral, cujos prédios e modelos estavam apenas aguardando a inauguração; da conclusão do trecho Caruaru/ São Caetano da BR-232 que já deveria estar pronto.
Isso sem falar nos projetos que o atual Governo encontrou, faltando apenas o ponta-pé inicial, no Porto de Suape. “Na verdade, o que se conclui é que o Sr.
Eduardo Campos recebeu, como está provado, a herança mais bendita que um governador de Pernambuco pode contemplar nos últimos 20 anos.
E, pelo que disse até agora, deve um pedido de desculpas ao povo pernambucano e aos seus antecessores.
Até por que, pelo que fez até o momento, pode vir a transformar este grande patrimônio em herança maldita para seu sucessor”.