Da editoria de Política do JC O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou improcedente, ontem, por unanimidade, a acusação criminal contra o presidente regional do PSB, Milton Coelho, no chamado “caso da sacolinha” – um dos episódios que marcaram a campanha eleitoral de 2006.

A acusação envolvia a denúncia de desvio de recursos públicos para financiamento das campanhas do próprio Milton (a deputado estadual) e do então candidato ao governo do Estado, hoje governador, Eduardo Campos (PSB).

A denúncia foi feita pelo ex-militante Saulo Batista, que, na época, chegou a revelar gravações de conversas telefônicas com Milton Coelho que, de acordo com a acusação, comprovaria o tráfico de influência junto a órgãos do governo federal.

A referência ao uso de “sacolinhas” para camuflar a suposta entrega de dinheiro – negada desde o início por Milton Coelho – sugeriu aos adversários do PSB a denominação do episódio.

O caso “esquentou” a campanha eleitoral de 2006 e motivou a ação da coligação União por Pernambuco (PFL/PMDB/PSDB) na Justiça Eleitoral.

A União tinha o então governador Mendonça Filho (DEM, antigo PFL) como candidato à reeleição.

Ontem, após mais de três horas de julgamento da ação, que teve como relator o desembargador eleitoral Carlos Moraes, o Pleno do TRE julgou improcedente a acusação e remeteu os autos do processo para o Ministério Público, a quem cabe novas investigações, se for o caso.

A sessão foi demorada porque houve cinco preliminares.

A principal pedia que o governador Eduardo Campos também fizesse parte do processo, o que foi descartado pela maioria dos integrantes do Pleno.