Da Editoria de Política Acusado de quebrar o decoro parlamentar ao atacar, verbalmente, o professor-palestrante Jorge Zaverucha, na audiência pública promovida pela Assembléia Legislativa, semana passada, para analisar o projeto de segurança pública Pacto pela Vida – do governo estadual –, o deputado governista João Fernando Coutinho (PSB) reagiu, ontem, ao pedido de cassação feito pelo acadêmico à Comissão de Ética do Parlamento, afirmando que Zaverucha “distorce informações” e “tenta “atrair para si holofotes”.

Em nota à imprensa, Coutinho ter dito, ao contestar as críticas de Zaverucha ao projeto do governo, que o professor tinha sido “comprado pela oposição”.

Para comprovar, distribuiu um CD com a gravação do trecho gerador da polêmica, no qual afirma que Zaverucha “pareceu mais contratado pela oposição”.

Na nota, o deputado ressalta estar protegido pela inviolabilidade do mandato, uma vez que parlamentares têm imunidade “por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

O deputado diz, ainda, que não tem por que se arrepender da opinião dada, que teria sido motivada pela forma entusiasma com a qual o professor havia criticado o plano de ação do governo do Estado.

Coutinho se declara indignado e repudia o que considera uma “clara intenção de distorcer o sentido do seu pronunciamento”, referindo-se às declarações de Zaverucha à imprensa e alegação que subsidia o pedido de cassação.

Coutinho lamenta a polêmica aberta com a frase dita no seu pronunciamento na audiência pública, e destaca que o que deveria estar sendo discutido “é o aperfeiçoamento do Pacto pela Vida”, em favor do combate à violência no Estado.

PS: O ruim desta não-declaração de João Fernando Coutinho e o seu desmentido é o ranço pouco democrático.

Se o cara discordar, é um vendido.

Só não é vendido Ratton, que está do lado dele, no governo?

Na gestão passada, de Jarbas e Mendonça Filho, Ratton passou o tempo todo ditando regras de como deveria ser o combate à violência e não me lembro de ninguém ter dito que ele pareceu mais ou menos contratado pela antiga oposição, que virou governo e deu-lhe um emprego público.

Também tinha amplo espaço na imprensa, de quem alguns obtusos ousam reclamar por ser supostamente contra o pacto.

Como diria João Paulo, a crítica é um instrumento científico de trabalho.