A revelação da transformação do ‘Redondindo’ em política pública remete imediatamente à cidade ficcional de Sucupira, da obra do dramaturgo brasileiro Dias Gomes.

Pelo menos para as pessoas mais velhas, como eu.

Em um dos episódios antológicos da série, o prefeito Odorico Paraguaçu, vivido na televisão pelo ator Paulo Gracindo, inaugura um banheiro público na cidade.

Com direito a banda de música e fogos.

Como um bom canalha, o prefeito chama sua secretária e amante para entrar com ele no banheiro, pois não poderia deixar de ser o primeiro a atestar a qualidade de tão importante empreendimento para a comunidade.

Depois de um certo tempo lá dentro, ouve-se o som da descarga e o prefeito sai, aliviado.

Só então a bandinha começa a tocar.

Ainda bem que os tempos mudaram e as cidades deste país não são mais governadas por políticos inescrupulosos, mau caráter, corruptos e populistas como Odorico Paraguaçu.

No caso dos nossos ‘Redondinhos’, perguntei ao gerente geral do Prorural e entusiasta da idéia José Patriota quem iria testá-los, no dia da festa, para dar a obra ou o programa como inaugurados.

Extrovertido, como todo bom sertanejo, José Patriota disse que a imprensa (e o Blog de Jamildo em especial, é claro) seriam convidados para o evento e poderiam ter a primazia do gesto.

Eu toco, embora confie plenamente na qualidade das obras do Estado.