O presidente estadual do DEM e pré-candidato não assumido à Prefeitura do Recife, Mendonça Filho, fez duras críticas agora à noite ao Orçamento Participativo, carro-chede da gestão João Paulo (PT). “O Orçamento Participativo está carregado de política. É uma engrenagem de alavancagem política”, disse no programa Opinião Pernambuco, da TV Universitária. “Uma cidade não pode estar à disposição dessas pretensões”.
Mendonça Filho lembrou também que não foi o PT que inventou o OP.
Ele citou como precursores do Orçamento Participativo os Barracões da administração de Gustavo Krause e o Prefeitura nos Bairros da gestão Jarbas Vasconcelos.
O pré-candidato do DEM disse ainda que , no OP, “tem uma infinidade de projetos que não foram feitos, apesar de sugeridos pela população”.
Ele criticou também a prefeitura por incluir no programa ações que, de tão necessárias, não precisariam de consulta à população. “Estão colocando até posto de saúde. É posar de bonito para fazer número”, bateu. “Tem coisas que são da manutenção da cidade.
Não precisam ser objeto de consulta”, avaliou.
E exemplificou também com o camelódromo que, segundo ele, está caindo na cabeça das pessoas.
Mendonça, que ainda não assumiu sua pré-candidatura à sucessão de João Paulo, disse que conversou com os camelôs alojados no equipamento e eles reclamam da manutenção.
Jamildo participou do programa na TV Universitária.
E, a caminho de mais uma maratona de confraternizações de fim de ano na cidade, disse que, pelo menos em um ponto, Mendonça concordou com João Paulo: na liberação da prefeitura para a construção das duas torres da Moura Dubeux no Cais de Santa Rita.
Na visão de Mendonça, a palavra de ordem no Bairro do Recife é “revitalização” e o projeto estaria seguindo esta linha - embora, no momento, esteja emperrado com a oposição do Ministério Público Federal.