O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, disse em entrevista à imprensa, agora há pouco, na Superintendência da Polícia Federal, que os músicos cubanos refugiados no Recife deverão receber visto provisório de permanência no Brasil nos próximos dois dias.

O mérito do caso será julgado em Brasília, possivelmente no final de janeiro ou início de fevereiro, pelo Conselho Nacional de Refugiados (Conare), órgão ligado ao Ministério da Justiça.

Mas até lá, os músicos poderão trabalhar sem problemas, recebendo inclusive uma carteira profissional.

Da composição do Conare fazem parte representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Polícia Federal, do Alto Comissariado da ONu para Refugiados, entre outros.

Tuma é membro representando a Secretaria nacional de Justiça.

O superintendente em exercício da PF em Pernambuco, Santiago Fernandes, disse que o visto provisório pode ser expedido até hoje mesmo.

E é também o Conare que decide pela concessão do documento temporário.

Tuma e Fernandes informaram que os músicos deverão ser considerados na condição de refugiados (quando há o fundado temor de perseguição no país de origem).

Não se trata de asilo, que ocorre com dissidentes políticos.

Segundo Tuma, o refúgio é uma figura jurídica internacional e diz respeito, além de questões políticas, a perseguições de natureza racial ou social, por exemplo.

O asilo é, ainda de acordo com ele, um dispositivo utilizado na América Latina e unicamente ligado à política.

O vocalista Miguel Nuñez Costafreda e os violonistas Arodis Verdecia Pompa e Juán Alcides Diaz chegaram por volta das 14h30 acompanhados do advogado, José Antônio Ferreira, e do deputado federal Raul Jungmann (PPS).

Após seis dias escondidos em Pernambuco, os três músicos cubanos da banda Los Galanes chegaram na sede da Polícia Federal (PF).

Eles foram à PF oficializar o pedido de refúgio no País em depoimento à delegada Madeleine Botelho, chefe da Delegacia de Imigração da Superintendência Regional da PF.

Com Thiago Lúcio, do JC Online, além de Sílvio Burle, intrépido repórter do Blog.