O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou hoje a criação imediata de um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, para atender à Ssaúde.
As informações são da Agência Brasil.
Questionado a respeito do novo imposto sugerido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Lula respondeu que a equipe econômica do governo terá de convencê-lo da necessidade dessa medida para equilibrar as receitas do governo.
Avalio que ele (Mantega) vai ter que me convencer da necessidade disso.
Ele falou para vocês, agora vai ter que colocar na minha mesa e eu vou decidir se vamos ou não vamos, se precisamos ou não precisamos.
Eu quero ver todas as contas”, afirmou.
Segundo Lula, o crescimento em torno de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano pode compensar a perda de arrecadação da CPMF.
De acordo com o presidente, a derrota do governo no Senado não representa motivo de nervosismo nem justifica aumento da carga tributária. “O que eu quero, na verdade, é que tudo fique na normalidade.
Não existe nenhuma razão para ninguém ficar nervoso.
Não existe nenhuma razão para que alguém faça alguma loucura de tentar aumentar a carga tributária”, declarou Lula.
Na quarta-feira (19), Lula avaliará o fim da CPMF numa reunião com os ministros, depois que voltar da viagem à Bolívia.
O presidente voltou a afirmar que enviará ao Congresso a proposta de reforma tributária no começo do próximo ano.
MINISTRO DESMENTE O ministro da Fazenda, Guido Mantega, dpor sua vez, havia divulgado nota, por meio de sua assessoria negando que tenha declarado ao jornal O Estado de S.
Paulo que quer um novo imposto nos moldes da CPMF.
Ele também nega que tenha defendido a criação, por meio de medida provisória (MP), do tributo ainda este ano para financiar a Saúde.