Promessa de campanha do governador Eduardo Campos, o Hospital Metropolitano Norte, que será chamado de Hospital Miguel Arraes, em Paulista, começa a se tornar realidade nesta segunda-feira (17/12), com o início da sua construção.

Eduardo Campos, junto com o Secretário de Saúde, Jorge Gomes, acompanha o início das obras, às 09 horas, no terreno de 49.662 metros quadrados localizado na confluência da BR-101 Norte com a PE-15, próximo ao anel viário.

Também anuncia a autorização para a empresa Siemens fazer o estudo da PPP (parceria público-privada) dos hospitais metropolitano oeste e metropolitano sul.

No Hospital Metropolitano Norte (HMN), em construção civil e infra-estrutura, serão investidos mais de R$ 35 milhões.

O prazo de entrega da unidade, que beneficiará cerca de 1,1 milhão de pessoas da área norte da Região Metropolitana e também da Mata Norte, é agosto de 2008.

Contando com 150 leitos e oferecendo serviços em cardiologia, urgências e emergência, clínica média, neurologia e traumato-ortopedia, o HMN terá capacidade para realizar, anualmente, 62 mil consultas e 24 mil internações.

A construção civil será feita pela Schaihn Engenharia S/A, de São Paulo.

A empresa de engenharia, que ergueu o hospital Sírio Libanês (SP), venceu a concorrência pública nº 02/2007, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 29 de novembro deste ano.

Ela ficará responsável por toda parte estrutural do empreendimento, incluindo fornecimento e implantação dos sistemas elétrico, hidráulico e climatização.

O custo desta etapa segundo o edital - que não sofreu nenhuma impugnação por parte das empresas concorrentes - é R$ 35.174.013,34.

O edital de licitação para a compra dos equipamentos hospitalares será lançado já a partir de janeiro.

Atendendo a todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda aos critérios de humanização do atendimento (boa sinalização dos setores, acesso fácil para deficientes físicos e local para acompanhantes), o HMN terá quatro pavimentos e uma área de 12.734 mil metros quadrados.

O terreno onde o hospital será erguido foi escolhido após um minucioso estudo técnico que avaliou acessibilidade pela população e ambulâncias, condições topográficas e proximidade com as cidades ao norte da RMR e da Mata Norte carentes nesse tipo de serviço - Paulista, Olinda, Abreu e Lima, Igarassu, Araçoiaba, Itapissuma, Itamaracá, Limoeiro, Goiana, Condado, Itambé e Itaquitinga.

Nessas cidades, estão 13% da população total do Estado e 30% dos habitantes da RMR.

Muitos votos também.

O principal objetivo do HMN é evitar o deslocamento dos pacientes para os hospitais do Grande Recife.

De acordo com o governo, com um atendimento mais próximo de casa, além de proporcionar um atendimento em menor tempo, reduz-se a superlotação desnecessária nas emergências da capital por pacientes com doenças simples.

Hoje, 26% dos atendimentos na emergência do HR são de pessoas vindas desses municípios.

No Getúlio Vargas, esse percentual chega a 40%.

Preocupação ambiental Outra peculiaridade na construção do Hospital Metropolitano Norte é preocupação com a ecologia.

Além de possuir um sistema próprio de tratamento dos resíduos, a unidade terá dispositivos para aproveitar a energia solar e a água das chuvas, reduzindo gastos com esses dois insumos.

O projeto também preserva a área verde do terreno, tornando, apesar da dor e do sofrimento, o ambiente mais agradável para pacientes e acompanhantes.