O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, criticou nesta sexta-feira abertamente o fim da CPMF. “Além do prejuízo decorrente da redução dos recursos utilizados nos programas sociais, o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) trará também enorme prejuízo para os trabalhos de investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e demais órgãos de investigação e controle”, disse, explicando que o imposto tem um efeito extra-fiscal, que permite identificar movimentações financeiras incompatíveis com a remuneração de agentes públicos, por exemplo.

Isso, segundo ele, vem sendo muito útil nas investigações feitas pela CGU.

Hage revela que em muitos casos se conseguiu chegar a conclusões sobre variações patrimoniais incompatíveis a partir de informações sobre a movimentação financeira, oriundas da CPMF e obtidas através da Receita Federal, após instaurado o procedimento administrativo.

Ele diz que o presidente Lula tinha toda razão quando disse que a queda da CPMF interessava à oposição, por razões políticas, mas também aos sonegadores, por outras razões. “Eu acrescento que o fim da CPMF está sendo festejado também pelos corruptos que praticaram desvios e realizaram movimentações financeiras inexplicáveis que a CPMF nos ajudava a identificar”, concluiu.

PS: bem que se poderia criar uma taxação com uma alíquota mínima sobre as transações financeiras, com o objetivo de combater a sonegação.

O que não se pode mais aceitar é a carga absurda de impostos neste país, contra uma prestação de serviços tão fuleira.