Caro Jamildo Melo, Como leitor assíduo do blog e Presidente do Sindicato do Transporte Complementar venho, em meu nome e de toda a categoria, tecer alguns comentários a respeito da polêmica envolvendo a ação movida contra você pelo Sr. presidente da EMTU, Dilson Peixoto.
Vejo que a atitude tomada pelo Sr.
Peixoto é um grave desrespeito ao direito da livre expressão, pilar fundamental da nossa democracia.
Ao mesmo tempo, aproveito a oportunidade para comentar um outro capítulo da história de desrespeito à esta instituição, como foi o referente ao transporte alternativo em 2003.
A verdade é que a forma como o Sr.
Dilson conduziu, tratou e trata os “kombeiros”, é a mais clara demonstração de sua postura prepotente e voluntariosa.
No comentário reproduzido por este Blog, onde ele condenava, em 2003, a imprensa por dar voz a pessoas que ele chamou de marginais, esta postura ficou evidenciada.
Em virtude disso, não nos surpreende o modo, no nosso entendimento pouco claro e equivocado, como vem conduzindo as questões acerca da regulamentação do transporte complementar e da necessidade de mobilidade que percebemos na população usuária deste tipo de serviço de transporte.
Precisamos lembrar das atitudes de abandono e desprezo por esta categoria, que vêm sendo sistematicamente praticadas pelo Sr.
Dilson Peixoto.
O Transporte Complementar só veio a ser o sucesso que é hoje por motivos alheios à vontade dele.
Destacamos entre eles, a diferença da postura assumida por ele e a adotada pela gestão petista municipal em relação ao Transporte Complementar, a pressão da população carente em atendimento, que exigiu alterações no transporte e a utilização da bilhetagem eletrônica, que resultaram no equilíbrio financeiro dos ex-Kombeiros.
Neste ponto, vale destacar que o Sr.
Dilson, então Secretário de Serviços Públicos da PCR, somente concedeu o acesso à tecnologia de Bilhetagem Eletrônica nos nossos veículos, depois de manifestações populares nas ruas do Recife.
Após 11 meses à frente da EMTU, ele ainda não corrigiu uma grave distorção na lei que concede a redução do ICMS do diesel.
São 7,5 milhões de litros que são divididos somente entre as empresas de ônibus, não abrangendo este benefício o Transporte Complementar, categoria que conta com o mesmo tipo de custos e despesas que o sistema de ônibus.
Outro exemplo de abandono à categoria por parte do Presidente da EMTU é o fato de que ainda não distribuiu todas as linhas licitadas para o Transporte Complementar.
Para se ter uma idéia do descaso por parte dessa empresa, apenas duas linhas, de um total de oito, estão em operação e das seis restantes, três estão sendo operadas por empresas de ônibus.
Recorremos ao Ministério Público, solicitando investigação e apuração dos fatos, já que fomos devidamente licitados e não atendidos.
Será que a nossa licitação não interessa pelo fato de não envolver milhões e sim a população que precisa de transporte eficiente e barato, bem como pais de família que precisam de emprego?
Mesmo a licitação que envolve milhões, que é a licitação da bilhetagem eletrônica, julgamos descabida.
Temos hoje uma bilhetagem eletrônica segura e eficiente, desenvolvida ao longo de anos de operação.
As melhorias que a EMTU está buscando, o fornecedor atual já declarou que as disponibiliza há muito tempo, só precisando de solicitação da EMTU para implementá-las.
Manifestamos nosso total apoio e solidariedade ao titular deste blog, bem como a toda equipe de jornalismo deste conceituado veículo de notícias.
Cordialmente, Luiz Vera Cruz Presidente do Sindicato do Transporte Complementar de Pernambuco