Em Petrolina, os médicos que trabalham no Hospital Dom Malan, insatisfeitos com as péssimas condições de trabalho, com os plantões sobrecarregados, a escala incompleta para atender a demanda e os salários aviltantes decidiram em Assembléia Geral, realizada na última quarta-feira, iniciar o processo de demissão coletiva.

A categoria afirma que só é possível continuar a atender a população de forma digna com o exercício profissional de qualidade.

Pacientes em filas de espera, falta de leitos, oferta insuficiente de medicamentos, exames, consultas e procedimentos, este o cenário naquela unidade de saúde.

Os médicos lotados nos setores materno infantil, UTI e ainda os do SAMU, alertam que a manutenção da atual quadro de atendimento no Dom Malan vai trazer graves conseqüências para todos, inclusive sendo contrária a prática definida no código de ética médica e nos princípios definidos pela Constituição Federal.

Eles definiram, de forma coletiva, que haverá a interrupção das atividades antes que se configure delito com responsabilidades aos profissionais.

Foi solicitada orientação jurídica ao Sindicato dos Médicos - Simepe - para o encaminhamento da decisão sem que haja prejuízos no atendimento da população atendida pelo SUS.