Por Sérgio Montenegro Filho Da coluna Pólis Deu a lógica.

Embora com uma diferença percentual muito pequena, os venezuelanos disseram “não” à proposta do presidente Hugo Chávez de reformar a constituição e, entre outras estratégias, garantir a reeleição por tempo ilimitado.

Uma tentativa clara de perpetuação do poder.

No plebiscito, 50,7% dos eleitores votaram contra as reformas, enquanto 49,29% votaram a favor.

A abstenção, no entanto, foi alta.

A posição contrária às reformas, defendida pelos partidos de oposição, ganhou o apoio de estudantes, setores empresariais e comerciais e da Conferência Episcopal da Venezuela.

Todos argumentaram que o projeto do presidente era um instrumento para instalar um “socialismo autoritário” e para Chávez se eternizar no poder.

Ciente dos resultados, ele reconheceu a derrota como “irreversível”, mas apenas naquele momento.

Logo depois, deixaria claro que não desistiu.

Coincidentemente, no domingo passado uma pesquisa do Instituto Datafolha revelou que 63% dos brasileiros são contrários à proposta de uma terceira eleição consecutiva para os presidente brasileiros.

A sugestão, lançada nas ruas por partidários do presidente Lula, vinha provocando polêmica há várias semanas, sem que o petista tivesse se pronunciado de forma decidida a respeito.

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