O diretor executivo do Hospital Alfa, Eduardo Rocha do Ó, revelou hoje a intenção de disputar e vencer a licitação para a compra de vagas de UTIs e outros leitores em hospitais da rede privada pela Secretaria de Saúde.

A iniciativa visa desafogar os hospitais públicos, como o HR.

Os editais foram divulgados ainda em setembro. “Temos 48 leitos de UTI e 80 leitos comuns para oferecer de imediato.

Tudo depende da negociação (de preços a serem pagos pelos leitos) na licitação de PPP em curso.

Não é nada tão absurdamente caro.

Vamos chegar a um acordo.

Já temos reuniões marcadas com a Secretaria de Saúde.

Somos a melhor opção enquanto o Estado não abre o novo hospital público em Paulista ou mesmo depois dele aberto, uma vez que não será um hospital de alta complexidade, como aqui.

Construir um hospital é barato.

Caro é o recheio”, compara o executivo.

O grupo privado tem informações de que a ordem de início das obras será dada este mês e que o hospital deve ficar pronto em agosto do próximo ano, com 150 leitos.

O hospital é uma das promessas de Eduardo Campos.

Em um exemplo de como a terceirização poderia estar melhorando a área de saúde, Eduardo Rocha do Ó cita o caso do Procape, que opera com fila de espera para cirurgias do coração. “Aqui podemos desafogar o Procape também porque já fazemos cirurgias de revitalização do coração e neurológicas como no HR.

Por isto, este é o maior PAC da Saúde que o governo do Estado poderia criar, o edital de convênio com os hospitais privados para desafogar a saúde da população”, observou Eduardo Rocha do Ó.

O grupo está tão esperançoso por acreditar que os grandes hospitais concorrentes, como Português, São Marcos, Memorial, Esperança, entre outros, não operam com capacidade ociosa para oferecer novos leitos.

O Hospital Português é o único que tem planos de construir um novo prédio, voltado para o SUS, com 15 andares, mas um empreendimento deste porte pode durar até dois anos.