Na entrevista exclusiva que concedeu a mim e a Sílvio Burle, na tarde desta segunda-feira, o jornalista Nelson Motta não se furtou a falar de política nacional, apesar de relutar em tratar do tema inicialmente.

O tema de Renan Calheiros é um exemplo. “O que se viu (abolvição, em setembro) passa de uma vergonha nacional. É uma coisa assombrosa.

São os coronéis digitais.

O tempo passa, a modernidade chega, mas os costumes são os mesmos”.

Motta disse que Renan seria absolvido, mais uma vez, não sem antes dar o seu contraponto crítico. “Se ele é inocente, que é culpado neste país?”, questiona, com a liberdade de quem já construiu uma vida sem papas na língua.

Na oportunidade, citou uma passagem de Tim Maia, versando sobre a eleição de Sarney. “O Sarney não tomou 300 LSD como eu, comendo churrasquinho de gato com ki-suco (para dirigir o Brasil tão bem)” E o que Tim diria de Lula, se vivo fosse. “Tem que perguntar a ele, que pode baixar do além ou não (sorri).

Ele ia detonar o Lula, eu acho.

O Tim era um anárquico por natureza”.

Motta diz que é eleitor de Gabeira e orgulha-se de sua representação no Congresso.