Da Agência Brasil Potencial candidato à sucessão de Renan Calheiros, que nesta terça (4) renunciou à Presidência do Senado, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), descartou mais uma vez a possibilidade de disputar a vaga.
Segundo ele, a Casa necessita de um nome que possa “pacificar a situação atual” e também ter diálogo com o Palácio do Planalto. “Eu teria que me eleger com voto do DEM, do PSDB e do PMDB.
Isso eu não aceito.
Tem que ser alguém que tenha diálogo aberto com o governo, pois aqui eu não tenho”, afirmou Jarbas Vasconcelos, dizendo-se eleitor de Garibaldi Alves.
O PMDB já tem pelo menos três nomes oficializados para suceder Renan Calheiros.
Além de Garibaldi Alves (RN), primeiro que se declarou candidato, os outros são Neuto de Conto (SC) e Valter Pereira (MS).
O líder do partido, Valdir Raupp (RO), já marcou para quinta-feira (6) reunião da bancada para discutir e tentar um nome que seja, “de preferência”, consensual.
Valter Pereira disse que se colocará à disposição do partido e dificilmente haverá consenso, uma vez que já existem três candidaturas apresentadas.
Ele acha que o candidato a ser definido pela bancada “tem que reunir o maior apoio do PMDB e ser palatável para todos os segmentos do Senado, não pode ser indigesto para ninguém, inclusive para o governo”.
Questionado sobre uma eventual candidatura de José Sarney (AP), afirmou que se trata de um nome forte dentro da bancada, mas que “dificilmente encontra consenso na oposição”.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou que caso o PMDB apresente o nome de Sarney, ele próprio sairá candidato.
O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), afirmou que com a renúncia de Renan, o governo agora tem que “jogar com duas bolas, da sucessão e da CPMF”.
Ele defende que a proposta de prorrogação da CPMF seja votada ainda esta semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que possa ir a plenário na terça-feira da próxima semana, um dia antes da eleição do novo presidente do Senado.
Quanto à sucessão de Renan, Casagrande afirmou que o PMDB “não pode errar a mão”.
Ele considera o nome de Garibaldi Alves o mais indicado, por ser o que tem mais trânsito no governo e na oposição.
Sobre outro senador cotado, Edison Lobão (MA), o líder do PSB acha que ele bateria de frente com os oposicionistas. “A oposição reagiria devido à proximidade dele com o Sarney”.