Do JC de hoje A estudante universitária Maria de Lourdes Espíndola, 24 anos, foi assassinada com um tiro no pescoço, por volta das 21h de ontem, durante assalto na Rua Imperial, em Afogados, Zona Oeste do Recife, uma das mais movimentadas e perigosas da região metropolitana.

Ela estava com o marido, Bruno Moraes de Albuquerque, e uma amiga, no carro do esposo, um Gol de placa KJV-7358, em meio a um pequeno engarrafamento, quando os três foram abordados por dois homens armados.

De acordo com informações repassadas à polícia, mesmo com as vítimas entregando todos os pertences aos assaltantes, um dos bandidos se assustou ao perceber que um homem, que estava fora do veículo e viu o assalto, efetuou um disparo para fazê-lo desistir do crime.

Nesse momento, o ladrão atirou, acertando Maria de Lourdes.

O tiro transfixou o pescoço e saiu pelas costas.

A vítima foi levada pelo próprio marido para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife, onde já deu entrada sem vida.

O caso foi registrado no Posto Policial do HR e deve ser investigado pela Delegacia de Afogados.

Após o assalto, os bandidos fugiram sem ser identificados.

O crime aconteceu perto da ponte que liga a comunidade do Coque, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife, até o bairro de Afogados.

Os bandidos se aproveitaram do trânsito lento para realizar a abordagem.

Transtornado, Bruno não conseguiu falar com a imprensa.

O pai dele, Nestor Albuquerque Silva Filho, contou que a nora estudava Letras, mas não soube informar qual seria a universidade. “Não lembro agora”, disse ele, que também estava chocado com o ocorrido. “Eles voltavam do escritório do meu filho.

Mudaram o intinerário justamente porque estavam voltando do escritório e acontece uma coisa dessas”, afirmou Nestor.

Maria de Lourdes morava com Bruno na Avenida Tapajós, em Areias, Zona Oeste do Recife.

Nestor não soube informar se realmente houve o disparo efetuado por uma pessoa que estava fora do carro. “Não posso dizer uma coisa que não sei.

Preciso apurar isso com calma.

O que meu filho me falou foi que entregaram todos os pertences que tinham aos bandidos, sem questionar nada.

Quando o ladrão estava saindo, acabou atirando nela.

Não sei, por exemplo, se depois de entregar os pertences, ele tentou arrancar com o carro, provocando uma reação”, disse.

OUTRO CASO No dia 30 de setembro deste ano, um caso semelhante terminou com a morte da dentista Rafaela Arcoverde, que levou um tiro quando chegava à casa do namorado, no Cordeiro.

Ela ainda ficou dois dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular.

O disparo atingiu a coluna cervical da vítima.