Em nota oficial assinada por seu presidente, Dom Geraldo Rocha, arcebispo de Mariana (MG), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não condenou a atitude do bispo da Diocese de Barra (BA), Dom Frei Luiz Flávio Cappio, que retomou nesta quarta-feira pela manhã a greve de fome como protesto contra a transposição do Rio São Francisco.

A CNBB afirma que o acesso a água de boa qualidade é um direito humano e sugere a “continuidade a um amplo diálogo visando a soluções adequadas e considerando alternativas apresentadas pelas forças sociais envolvidas no processo”.

A entidade reconhece ainda não haver unanimidade sobre o tema na Igreja, mas argumenta que o rio deve ser também revitalizado, mantendo o respeito ao direito à terra dos indígenas, quilombolas e ribeirinhos da região.

A nota da CNBB pede ainda que a vida e a Justiça prevaleçam sobre quaisquer razões.

O Ministério da Integração Nacional informou que a obra não será paralisada.

Segundo o ministro Geddel Vieira Lima, ao fazer greve de fome, o bispo de Barra atenta contra o princípio da Igreja de preservação da vida.