O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, na reação ao anúncio da greve de fome do bispo Luiz Flávio Cappio, prometeu não recuar um milímetro no cronograma do projeto de transposição do Rio São Francisco.

O ministro disse que não vai se submeter a chantagem de ninguém e pediu ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que colocasse médicos à disposição do bispo. “Como católico, entendo que é pecado atentar contra a própria vida.

Lamento profundamente que dom Cappio tenha enveredado por este caminho, indo contra os princípios da própria Igreja da qual ele é pastor.

Rezo a Deus para que o bispo tenha bom senso, pois vamos levar o projeto adiante”, afirmou.

D.

Cappio reiniciou a greve de fome na última terça-feira e acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “enganar” a população ao descumprir a promessa de discutir publicamente o projeto.

Ele disse, em entrevistas a rádios da capital paulista, que está bebendo apenas “água do rio São Francisco aqui em Sobradinho que é muito boa”.

A meta, segundo Geddel, é licitar o primeiro lote da construção dos canais até o dia 15 e concluir até o fim do mandato de Lula pelo menos o trecho principal (Leste) da obra estimada em R$ 4,5 bilhões.

Os atrasos sofridos até agora são apenas resultado das “manifestações legítimas” da Justiça. “Meu discurso e o do presidente estão afinadíssimos”, ressaltou, informando que havia conversado com Lula sobre d.

Cappio. “Homem público não pode ter medo do desgaste quando sabe que está certo”, acrescenta.

Com Estadão e A Tarde