Após nu, Mônica Veloso tenta manter-se na mídia com livro sem revelações Do Uol, em São Paulo Na noite de autógrafos de seu livro de estréia, a autora atraiu mais os flashes dos fotógrafos que pessoas na fila atrás de uma dedicatória.

E dos poucos potenciais leitores, a grande maioria era formada por amigos de sua assessora ou de seu agente.

Alçada à fama durante o turbilhão de denúncias que tirou Renan Calheiros da presidência do Senado e ameaçam seu mandato (uma empreiteira teria pago a pensão para a filha extra-conjugal do senador alagoano com ela), Mônica Veloso fez nessa quarta à noite o lançamento nacional do livro “O Poder Que Seduz” em um lotado restaurante na grã-fina rua Amauri.

A mais famosa entre os 180 convidados era Nani Venâncio, mito erótico dos anos 80 e hoje apresentadora de programa feminino na Rede Brasil, canal UHF, ao lado de Ney Gonçalves Dias. “Temos que acabar com essa hipocrisia, com o machismo”, proclamou Nani, que foi citada na página 184 do livro, quando Mônica relata sobre posar nua para a revista Playboy, em ensaio que foi publicado no mês passado.

Nani apareceu no evento porque é mais uma das clientes da assessora de imprensa Lu Barbosa, em uma lista que inclui também os cantores Roberto Leal e Oswaldo Montenegro.

Outra celebridade presente foi o produtor e diretor cinematográfico Aníbal Massaini, que promete colocá-la na produção futura sobre a vinda da família real portuguesa ao Brasil, ainda em busca de patrocinadores. “Não sei se ela pode ser a marquesa de Santos, mas vamos achar um papel para ela”, afirma Massaini.

Mônica, que já se aventurou em quadro no humorístico global “Zorra Total”, diz que se preparará: “Para tela grande, preciso fazer aulas de interpretação.” Apresentadora na década passada do DF-TV, telejornal local da retransmissora da Globo na capital federal, Mônica Veloso se aventurou depois em uma produtora que fazia campanhas políticas, até que se aproximou no final de 2002 de Calheiros, com quem gravara um programa eleitoral contratado por seu partido, o PMDB.

Da relação amorosa, nasce em 2004 uma filha.

O assunto driblou a imprensa até que uma onda de investigações apontou que um lobista ligado à empreitada Mendes Júnior teria pago a pensão alimentícia da pequena Catarina, 3.

Após a reviravolta em sua vida, Mônica aproveitou “tanta exposição negativa” para tentar uma “projeção positiva”, em suas palavras.

Na promoção do seu nu artístico, ela deu chiliques em entrevistas televisivas.

Na TV Bandeirantes, arrancou o microfone e disse “você está pegando pesado” quando o apresentador Roberto Cabrini perguntou sobre quem pagava a pensão.

Na TV Record não foi diferente: ela pediu “desliga as câmeras” quando Britto Junior questionou sobre a relação com o senador.

Já diante dos humoristas do programa “Pânico”, da Rede TV, segurou o rebolado quando a pergunta era se foi usado o programa photoshop para melhorar suas fotos na revista masculina.

O livro é nova ocasião para conseguir mídia.

Lá está de novo o apresentador Amaury Junior.

Antes de ligar as câmeras, ele pede um furo de reportagem para ela: “Faz uma revelação, fala que a fila andou e já está de namorado novo”, implora o telecolunista social.

Mônica prefere as declarações mais contidas, falando de finanças e não em amores. “Quem achar que o livro é oportunista, eu vou respeitar.

Aceito a crítica, mas eu tinha que lançar agora para aproveitar as vendas de Natal.

De outra forma, só iria sair em março, depois das férias”, diz a nova celebridade.