Na verdade, foi dos males o menor para o ex-líder do governo Lula na Câmara e atual ministro das Relações Institucionais, José Múcio.

Após quatro horas de reunião nesta quarta (28), seu partido, o PTB, resolveu liberar a bancada de senadores na votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a vigência da CPMF até 2011.

Podia ser pior, porque sob a batuta do deputado cassado Roberto Jefferson, a legenda poderia ter fechado questão contra o imposto do cheque.

Mesmo assim, o PTB orientou a bancada a votar contra o governo.

Mas até o momento, dois dos seis senadores petebistas, parecem dispostos a adotar essa posição: Mozarildo Cavalcanti, de Roraima, e Romeu Tuma, de São Paulo.

Mozarildo chegou a ser afastado da Comissão de Constituição e Justiça do Senado pelo governo por causa de sua posição contrária à CPMF.

O episódio motivou, inclusive, a decisão do PTB de deixar a base governista no Senado - bomba que José Múcio vem tentando desarmar.

Segundo a Folha On Line, na mesma reunião desta quarta, o PTB fechou questão contra um eventual terceiro mandato do presidente Lula. “Estamos começando a caminhar no sentido de um mandato perpétuo aqui no Brasil.

Este é um governo pragmático, que se apóia de um lado nos banqueiros internacionais e de outro no cala-boca à população mais pobre que é o Bolsa-Família.

Por isso, precisamos ter uma posição firme contra essa disposição dos petistas de perpetuar o presidente Lula no poder, porque o terceiro mandato é um pulo pro quarto e daí pra pior”, disse Jefferson, que está brigado com José Múcio desde que o companheiro assumiu a liderança do governo na Câmara este ano.