Por Renato Lima Da editoria de Economia do JC A Petrobras e a portuguesa Petrogal vão procurar petróleo em Pernambuco.

Isso ficou definido ontem, durante a 9ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Agora é esperar que, no subsolo pernambucano, a distância a partir de 40 quilômetros do Litoral Sul, numa área próxima a Ipojuca, exista petróleo.

O consórcio formado pela Petrobras (80%) e Petrogal (20%) pagou R$ 7,648 milhões pelo direito de explorar três blocos, de um total de oito ofertados na costa do Estado.

Depois de décadas de pouca pesquisa em petróleo na costa pernambucana, cerca de R$ 23 milhões serão investidos na perspectiva de se extrair óleo no Estado, o que poderá gerar grandes oportunidades para o setor produtivo.

O setor licitado, chamado tecnicamente de SPEPB-AP3, fica localizado entre 40 e 60 quilômetros do litoral pernambucano.

Marcada por protestos do Sindicato dos Petroleiros, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), a 9ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) teve arrecadação recorde de R$ 2,1 bilhões, superando o R$ 1,08 bilhão da licitação anterior.

No entanto, o volume ficou abaixo dos R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões esperados pelo diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.

Definido o consórcio que vai explorar o litoral pernambucano, começa agora um longo período até a produção, o que pode levar até 9 anos. “É uma fase de expectativa”, adianta o professor de geologia da UFPE, Mário Lima Filho.

Mas uma expectativa real, já que as empresas se comprometem a estudar os blocos oferecidos, realizando, neste primeiro momento, uma sísmica 2D (tipo de pesquisa), para melhor conhecer o subsolo que foi arrematado.

Se a exploração for bem sucedida, Pernambuco vai entrar no seleto time de Estados brasileiros que crescem sua economia com a ajuda da indústria de petróleo e que recebem os cobiçados royalties de produção.

Leia a cobertura completa no JC desta quarta (28).