Da editoria de Política do JC No último ano de sua gestão, o prefeito do Recife, João Paulo (PT), terá um orçamento de R$ 2,1 bilhões para administrar a cidade.

Os recursos estão descritos no projeto do Orçamento 2008, que foi aprovado, ontem, por unanimidade, na Câmara do Recife.

A matéria, no entanto, ainda seguirá para a sanção do prefeito.

Apesar de manterem o valor global previsto pela prefeitura, os vereadores fizeram algumas alterações em relação às destinações das verbas.

Com o aval da Câmara, o prefeito terá R$ 300 milhões a mais que o orçamento de 2007 – R$1,8 bilhão – para gastar em um ano eleitoral.

O presidente da Casa, Josenildo Sinésio (PT), colocou o projeto para votação extra-pauta.

A oposição criticou a atitude do petista, pedindo mais tempo para analisar a matéria, mas acabou acompanhando a bancada governista.

De acordo com o vereador Carlos Gueiros, presidente da Comissão de Finanças, o orçamento tem cerca de 40% destinados ao pagamento da folha.

Ainda segundo ele, o projeto prevê o investimento do mínimo constitucional de 15% em saúde, mas ultrapassa um pouco o percentual de 25% exigido para os gastos com educação. “A Prefeitura colocou no orçamento mais de 25% com saúde porque tem, já há alguns anos, despesas com o ensino profisionalizante, que não podem ser contabilizadas dentro do mínimo constitucional”, explicou Gueiros.

O vereador informou, ainda, que o acréscimo em relação ao orçamento de 2007 é proveniente da previsão inflacionária das receitas próprias do município (impostos) e, principalmente, da transferência de recursos a partir de convênios, em sua maioria, com o governo federal, a exemplo do Programa de Aceleração do Crescimento.