O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou, nesta segunda-feira (26), que uma suposta cooptação de parlamentares do PSDB pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que votem a favor da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), conforme foi divulgado na imprensa, não passa de especulação.

O senador disse que o partido está tranqüilo quanto à decisão firmada pelos integrantes da bancada de rejeitar a prorrogação do imposto provisório e tentará derrubá-lo em Plenário. - Os senadores do PSDB não são cooptáveis e, por essa razão, o governo não logrará êxito nessa empreitada - enfatizou, lembrando que o PSDB abriu negociações anteriormente com o governo para incluir na proposta uma reforma tributária, mas o governo não atendeu ao partido.

Alvaro Dias fez essa afirmação respondendo a uma intervenção do senador Gerson Camata (PMDB-ES), quedefendeu a reabertura de um entendimento entre o PSDB e o governo para a aprovação da CPMF.

Camata salientou, no entanto, que respeita a “posição madura” dos tucanos ao tratar o assunto no Congresso.

Alvaro Dias ressaltou também em seu discurso que, apesar de ter sido criada pelo governo do PSDB, a CPMF é mais um imposto a aumentar a já pesada carga tributária brasileira.

Acrescentou ainda que uma pesquisa internacional revela que a burocracia fiscal do Brasil é maior do mundo, o que, juntamente com a carga de impostos, enfraquece mais ainda a competitividade do país frente aos demais países do mundo. - O que queremos urgentemente é uma reforma tributária definitiva e não a prorrogação de um tributo criado para ser provisório.

Mas o governo acaba de adiar o envio dessa matéria ao Congresso - finalizou.