Confira os principais trechos da entrevista concedida ao Blog pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva, no último sábado (24), em Olinda.

Ele falou sobre a organização da Copa do Mundo no Brasil, relação do governo com a CBF e o fortalecimento do Ministério.

DEFINIÇÃO DAS CIDADES Existe uma definição-chave que é a definição das cidades-sedes.

A Fifa tem de determinar se serão 8, 10 ou 12 cidades.

O Brasil defende que sejam 12 cidades.

Essa é uma definição chave que vai acontecer em dezembro de 2008.

PAC DA COPA Independentemente dessa definição (das cidades), já temos em mãos o projeto da Copa, que foi encaminhado à Fifa.

O projeto é muito amplo.

Envolve decisões de arena, de infraestrutura, de serviços, dados e traços das cidades, informaçãoes do País.

A fase atual é fazer uma radiografia do projeto, identificar todos os investimentos em infra-estrutura e cruzar com o Plano de Aceleração do Crescimento.

Muitos invstimentos em logística e infra-estrutura já estão previstos no PAC.

Já tem orçamento inclusive definido e cronograma de obra estabelecidao até 2010.

Portanto, na fase atual do planejamento, a tarefa básica é cruzar informações para termos uma visão inicial dos investimentos em infra-estrutura, que é aquilo que deve ser feito pelso Estados, cidades e governo federal.

No começo de 2009, se dará essa definição porque até lá teremos fixado as cidades sedes.

COMITÊ ORGANIZADOR Agora em dezembro va ser instalado, no Brasil, o Comitê Organizador Local (LOC na sigla em inglês).

Este comitê vai ser responsável pelo monitoramento de todas as etapas de preparação da Copa do Mundo.

E pela organização do evento esportivo em si. É de responsabilidade da Fifa e coordenado pela CBF.

O governo não participa.

Vai ser um comitê profissionalizado, com base, sobretudo, em executivos para cuidar dessa organização.

RELAÇÃO GOVERNO-CBF O governo federal, assim como Estados e municípios, tem como tarefa efetivar as chamadas garantias governamentais, que dizem respeito à infraestrutura e serviços.

Atividades que são típicas questões normativas e institucionais também são compromisso do Estado brasileiro.

A relação entre o governo federal e a CBF é muito positiva. É uma relação institucional de muita colaboração.

Só depois da decisão da Copa ser no Brasi, já tivemos duas reuniões com a CBF para trocar informações.

Há uma definição do governo federal de que seja constituído um comitê interministerial para coordenar a ação.

Ainda no começo de 2008 teremos constituído este comitê.

CUSTO DO EVENTO Seria pouco responsável falar em números.

A Copa no Brasil em 2014 não será igual à de 2010 na África do Sul, à de 2006 na Alemanha ou a de 2002 na Ásia.

Há uma desigualdade enorme entre as cidades do Brasil.

Você tem cidades em que a questão do transporte urbano é importantíssima.

Noutras, a segurança.

Noutras, a infra-estrutura.

Então, como eu aposto em uma copa nacional, tem que ter jogo no Sul, no Sudeste e no Nordeste.

Mas também no Norte e no Centro-Oeste. É importante nacionalizar a Copa do Mundo, já que somos um país-continente e o povo inteirinho é apaixonado pelo futebol.

E temos belezas naturais, tradições culturais importantes em todas as regiões.

A Copa do Mundo é uma plataforma para você lançar para o mundo estas tradições, essas belezas, não é?

ESTRUTURA DO MINISTÉRIO O presidente propôs reestruturar o ministério.

A Copa do Mundo é um desafio.

A Lei de Incentivo ao Esporte também, aprovada no final de 2006.

Isso vai permitir que empresas interessadas em apoiar um atleta, projetos sociais, um cameponato, evento, algo assim, possam financiar isso.

Quem dá o suporte para a lei funcionar é o Ministério dos Esportes.

Isso exige ter uma estrutura específica.

Também existe a idéia de criar uma estrutura específica para acompanhar o futebol, já que é um esporte que tem grande peso no País.

Quero ter uma estrutura no Ministério para fiscalizar inclusive o Estatuto do Torcedor.

Temos hoje cerca de 400 funcionários, todos em Brasília.

Mas é preciso crescer um pouco mais.

OLIMPÍADAS DE 2016 Na Bolsa de Londres, o Brasil aparece como favorito para ser sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A comunidade internacional ficou muito impressionada com os jogos Panamericanos.

Nós, que nunca tínhamos feito um evento daquele porte, fizemos.

Nós, que não possuíamos instalações de padrão olímpico, as temos hoje.

O ambiente para o Brasil é muito favorável.