Do G1, em Brasília A proposta do governo federal para a reforma do sistema de tributos do país será enviada ao Congresso Nacional somente após a definição da prorrogação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), disse nesta segunda-feira (26) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A intenção inicial do governo era enviar a proposta de reforma tributária até o final de setembro, mas, posteriormente, se comprometeu a enviar o texto até o fim deste mês. “É melhor adiar [o envio da proposta] para depois que resolvermos a questão da CPMF.
Ela entrará no momento em que acharmos mais oportuno.
Não vamos misturar os canais.
A proposta está pronta, mas fica na gaveta.
Vamos concentrar os esforços para aprovar a prorrogação da CPMF neste momento”, disse Mantega a jornalistas.
Segundo ele, a base aliada já teria concordado com a postergação.
O governo busca prorrogar a CPMF até 2011.
Pela última proposta do Ministério da Fazenda, a alíquota cairia 0,02 ponto percentual por ano, até chegar a 0,30% em 2011.
Atualmente, a alíquota é de 0,38%.
A prorrogação do tributo já passou pelo crivo da Câmara dos Deputados, mas ainda tem de ser votada em dois turnos no plenário do Senado, onde o governo enfrenta maiores dificuldades.
Mantega voltou a dizer que o governo terá os 49 votos necessários para aprovar a CPMF no plenário do Senado Federal por conta da base aliada.
Segundo ele, é possível, ainda, arrebanhar alguns votos de partidos da oposição. “Teremos os votos necessários na base.
Acredito ainda que alguns senadores de oposição poderão votar pela CPMF por convicção”, disse ele.
Na avaliação do ministro, o governo não está sendo “intransigente” na negociação, uma vez que concordou em reduzir a alíquota nos próximos anos.