Com tempo de sobra para pensar na vida, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar lê dois livros por semana e assiste a comédias românticas no Presídio Federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde está desde julho.
Acusado de comandar o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, Beira-Mar é um devorador de best-sellers.
Já leu, por exemplo, O Caçador de Pipas e Cidade do Sol, do afegão Khaled Housseini.
Também é fã de Dan Brown, de quem leu O Código Da Vinci e Anjos e Demônios.
Quando Nietzsche Chorou, de Irvin Yalom, e Construindo uma Vida, autobiografia do publicitáriio Roberto Justus passarm mais recentemente por suas mãos.
De Sidney Sheldon já leu quase tudo, segundo um funcuinário do presídio.
O regime dos presídios federais é considerado o mais duro do País.
Os presos passam em média 20 horas por dia nas celas e só deixam o isolamento para receber visitas de parentes e advogados ou para o convívio com outros presos, que acontece somente no banho de sol - com duração de três horas - ou em sessões de cinema.
Uma vez por semana, os presos podem assistir a um filme escolhido pela coordenação de tratamento da direção do presídio.
Nada de guerra ou conteúdo político. Às segundas e sextas-feiras, Beira-Mar costuma jogar futebol durante o banho de sol. Às terças, vai de dama ou dominó.
Mas segundo a Polícia Federal, Beira-Mar não deixou de trabalhar.
Suspeita-se que ele aproveite seus encontros com advogados (segundas, terças e quintas) e parentes (sextas) para passar ordens retransmitidas ao pessoal do tráfico, do lado de fora. (Com informações do Terra)