A coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de S.
Paulo deste domingo (25), antecipa vários trechos do livro “O Poder que Seduz”, da jornalista Mônica Veloso, ex-amante do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
O livro será lançado na próxima quarta (28), em São Paulo, pela Editora Novo Conceito, com uma noite de autógrafos.
Foram convidadas 200 celebridades.
Entre elas, Pelé, que teria confirmado presença. “O Poder que Seduz” tem 192 páginas e custará R$ 34,90, com distribuição nacional e eventos de lançamento em outras cidades.
Confira algums passagens.
COMEÇO “[Num segundo encontro, num jantar, em fevereiro] Seus olhos brilharam quando me viu e, indiferente aos outros convidados, não os tirou mais de mim durante o jantar.
Parecia uma criança, estava encantado, feliz. (…) Ele verbalizou sua liberdade de maneira clara, que não deixava a menor dúvida.
Não usava aliança, não estava se comportando como alguém que se preocupa com uma outra relação. (…) Íamos a exposições, lançamentos de livros, restaurantes, jantares na casa de amigos, e aos almoços da bancada do PMDB às quartas-feiras.
Depois passou a me levar ao Senado, onde eu era tratada com a maior deferência.” MEIO “Como qualquer casal apaixonado, tínhamos nossos códigos, nossos momentos e nossas músicas(…) Nossa música marcante foi a do filme “Lisbela e o Prisioneiro”.
Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: “Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer.
Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar…”.
FIM “[Uma colunista do “Jornal de Brasília”, do Distrito Federal] deu uma nota dizendo que eu estava grávida e a criança era filha do senador Renan Calheiros (…) Pediram-me para redigir uma nota, de próprio punho, negando que o filho fosse do Renan.
Escrevi, chorando (…) quando ficamos sozinhos, pela primeira vez vi o Renan chorar.” “Então, para me precaver, apenas para o caso de ele se recusar a admitir a paternidade, gravei algumas conversas que tivemos durante a gravidez (…) Nunca usei os diálogos para nada, muito menos para fazer chantagem, como insinuaram.” “Em dezembro de 2005, com o fim do nosso relacionamento, o Renan passou a pagar a pensão, via doc, a partir do Senado [antes disso, os recursos eram entregues a Mônica em dinheiro vivo, pelo lobista Cláudio Gontijo], mas reduziu o valor de R$ 8 mil para R$ 3 mil”.