Da coluna Pinga Fogo, de Inaldo Sampaio, no JC MAIS AFINIDADES ENTRE PT E PSDB Qual a diferença entre o “mensalão” do PT e o que funcionou em Minas Gerais durante a campanha à reeleição do hoje senador tucano Eduardo Azeredo?

Nenhuma.

Ambos valeram-se de métodos ilegais para a captação de recursos públicos, através de uma agência de publicidade, a fim de bancar despesas dos seus respectivos partidos.

Até a defesa que o presidente Lula e o ex-presidente FHC fizeram dos seus correligionários foi exatamente igual: “Quem tiver culpa no cartório, que pague”.

A denúncia do Ministério Público Federal contra tucanos de Minas Gerais no exato dia em que a cúpula do PSDB se reuniu em Brasília para eleger seu novo diretório e sua nova executiva nacionais empanou o brilho do evento.

E deve contribuir, de agora em diante, para arrefecer o discurso do PSDB e do Democratas contra os “mensaleiros” do PT.

Pelo menos em termos de denúncia, esses dois partidos estão nivelados e tanto na política como na vida não se concebe “um sujo falando do mal lavado”.

Pelo que se conhece das pessoas, não dá para comparar o senador Eduardo Azeredo, filho do saudoso deputado federal e grande amigo de Thales Ramalho, Renato Azeredo, com Delúbio Soares ou Silvinho Pereira.

O senador não tem cara de desonesto nem de salafrário, mas acabou sendo beneficiário de um esquema irregular de captação de recursos e não tinha mesmo como ser excluído da denúncia feita ao STF pelo procurador-geral, junto com o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia.

Pelo menos nesse quesito, PT e PSDB estão nivelados.

Falta agora a sentença final.