Ao ler o noticiário da Procuradoria Geral da República, lembrei do filme Tropa de Elite, no trecho em que o narrador, o capitão Nascimento, diz não entender que um filhinho de papai, bem nascido, com boas chances de crescer na vida, vá para o mundo do crime.
A lembrança me ocorreu a propósito da prisão de empresários e servidores públicos da Bahia, na operação Jaleco Branco.
No meio da operação foi preso o presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, conselheiro Antônio Honorato de Castro Neto, acusado de compor a organização.
Pode?
A tramitação do inquérito no Superior Tribunal de Justiça por sua causa, graças ao tal foro privilegiado.
O Ministério Público Federal investiga organização criminosa que lucrou com fraudes em licitações para contratação de serviços de vigilância, conservação, limpeza e portaria.
A investigação, que teve início em 2005, foi acompanhada permanentemente pelo Ministério Público Federal e apurou que a organização criminosa lucrou com a atividade ilícita um montante superior a R$ 500 milhões.