Da Agência Brasil O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), descartou, pelo menos por enquanto, a possibilidade de convocação extraordinária da Casa para votar a prorrogação da CPMF até 2011. “Não devemos trabalhar com essa hipótese ainda”, disse hoje à Agência Brasil. “O tempo legislativo é favorável para que possamos construir entendimento e ainda votar no exercício legislativo que temos”, acrescentou.

A proposta que prorroga a CPMF por mais quatro anos precisa ser votada até 31 de dezembro para entrar em validade em janeiro de 2008.

A previsão, segundo Tião Viana, é que a votação da PEC em primeiro turno ocorra em 14 de dezembro e, em segundo turno, no dia 22, último dia antes do recesso parlamentar.

As discussões para aprovar a CPMF se aproximaram das discussões sobre o caso Renan Calheiros depois que o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), anunciou que só irá apresentar parecer sobre a representação contra Renan na Comissão de Constituição e Justiça na semana que vem.

A decisão acabou atrasando a votação do processo contra o presidente licenciado do Senado em uma semana.

Segundo Arthur Virgílio, há uma negociação entre partidos da base do governo para que a prorrogação da CPMF seja aprovada.

Em troca, o senador Renan Calheiros seria absolvido em Plenário da acusação de quebra de decoro parlamentar. “Há senadores da oposição que afirmam que o propósito da oposição é embolar os dois casos, o que não acho razoável, não acho correto”, disse Tião Viana.

Ontem (21), Renan Calheiros anunciou que vai estender sua licença por mais 35 dias.

Ele alegou que a decisão tem como objetivo não interferir na agenda legislativa, principalmente na votação da CPMF. “A decisão diz respeito única e exclusivamente a ele”, disse Tião Viana.