O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (22/11), às 15h, no Palácio do Planalto, do ato de anúncio da construção de uma nova unidade de vacinas da Novartis no estado de Pernambuco, a ser instalada provavelmente no Pólo Farmoquímico de Goiana, na região metropolitana do Recife.

A Novartis, por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda não estão definidos o volume do investimento, a capacidade de produção da nova planta e o prazo de entrada em operação da indústria.

A Novartis considera o Brasil um mercado estratégico para o negócio de vacinas e informa que está atuando em duas frentes visando a garantir sua entrada no mercado brasileiro de vacinas: uma Parceria Público-Privada com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o objetivo de transferir tecnologia para produção e desenvolvimento de vacinas, em particular, para meningite C e ACWY, febre amarela e poliomielite.

A outra frente é a fábrica de vacinas que será instalada em Pernambuco, segundo a empresa, por indicação do presidente Lula.

A divisão Vacinas & Diagnósticos da Novartis nasceu no final de 2005, por meio da compra da Chiron Corporation, com o objetivo de construir uma posição relevante no mercado de vacinas.

A empresa considera que o setor terá forte crescimento nos próximos anos, em virtude da crescente demanda pela prevenção de doenças.

A Novartis produz vacinas contra gripe, raiva, meningococos C, encefalite, poliomielite, caxumba, sarampo, rubéola, difteria, tétano e coqueluche.

Histórico - A Novartis surgiu, em 1996, da fusão da Ciba-Geicy e da Sandoz, companhias suíças do setor de pesquisa e desenvolvimento de produtos da área de saúde.

No ano seguinte, a empresa deu início às atividades no Brasil.

Atualmente, a Novartis conta com três grandes divisões: Pharma, Consumer Health e Sandoz (medicamentos genéricos).

Em julho deste ano, a empresa anunciou a expansão da produção das fábricas brasileiras, localizadas nas cidades de Resende, no Rio de Janeiro, e Taboão da Serra, em São Paulo, com um investimento total de R$ 223 milhões.

Além de abastecer o mercado interno, a Novartis pretende triplicar o volume de exportação até 2012, tornando-se a maior exportadora farmacêutica do País.

Segundo o Ministério da Saúde, a Novartis garante o fornecimento do Glivec, um importante medicamento para o tratamento do câncer.

Em 2006, o Sistema Único de Saúde (SUS) investiu cerca de R$ 170 milhões na aquisição do remédio para atender em torno de quatro mil pacientes.

De acordo com o Ministério da Saúde, dos 103 itens do programa de alto-custo (Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional), a Novartis fornece seis produtos em 14 diferentes apresentações, de forma exclusiva por serem patenteados.