Do site Comunique-se O avanço de investigações italianas sobre a Telecom Italia está gerando reflexos no Brasil.

A empresa é acusada de pagar propina a políticos – o que levou a Câmara dos Deputados a acionar a Procuradoria Parlamentar –, policiais federais, lobistas e jornalistas.

Poucos nomes foram citados, mas uma testemunha ouvida pelo Consultor Jurídico citou Paulo Henrique Amorim como um dos contatos de Mario Bernardini, italiano chefe de segurança da Telecom Itália, no País.

Luciane Araújo foi tradutora dos contatos feitos por Bernardini no Brasil, e depôs na justiça italiana como testemunha e informante.

Bernardini ficou preso oito meses e entrou em um programa de delação premiada, em que detalhou um esquema internacional de compra e venda de informação pela Telecom Italia.

Em entrevista ao ConJur, Luciane diz que Paulo Henrique Amorim foi um dos diversos nomes, entre policiais federais e empresários, citados por Bernardini nas traduções que fez.

Procurado, Paulo Henrique Amorim informou que tratará da questão com seus advogados, e deu a seguinte declaração: “Não li [A MATÉRIA]porque o Conjur não é sério.

Não sei do que se trata nem me interessa”.

Na sexta-feira (09/11), o Consultor Jurídico foi notificado por Luís Roberto Demarco, um dos empresários citados na entrevista.

O Conversa Afiada, site de Paulo Henrique Amorim, trouxe a íntegra da notificação.

Ligações anteriores com a imprensa O caso Telecom Italia já envolveu a imprensa brasileira e estrangeira em outros episódios.

Em 2004, Tiago Verdial, português contratado para espionar a empresa, fez parte da lista de discussão da Abraji, se passando por repórter.

No início deste ano, o ex-ministro Luiz Gushiken – também citado na entrevista de Luciane Araújo – pediu que a Polícia Federal investigasse um “complô da mídia”, do qual fariam parte Diogo Mainardi e Lauro Jardim, de Veja, e Leonardo Attuch, de Istoé Dinheiro.

Na Itália, quatro homens foram presos em janeiro dentro de um escritório da Telecom Italia acusados de invadir os computadores do Corriere della Sera.

Novas informações divulgadas esta semana pelas autoridades italianas dão conta de que outros veículos foram investigados.

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