Em conversa com o Blog de Jamildo ainda há pouco, o deputado federal Maurício Rands, do PT, mostrou-se indignado com a denúncia do Informe JB, segundo a qual a Fade, ligada a UFPE, estaria sendo beneficiada com verbas dos Ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia porque o economista Alexandre Rands trabalha na entidade como consultor.

Em texto divulgado hoje, o economista, que ganhou uma licitação (por meio da modalidade pregão eletrônico) de R$ 20 milhões para cuidar do Call Center do INSS, é tratado como operador. “Chamar meu irmão de operador é um escândalo.

Vou discutir com minha assessoria a possibilidade de abrir um processo.

Trata-se de uma calúnia, de um crime.

Tenho certeza que estou sendo atacado por um canalha escondido, em função já da campanha do próximo ano.

O objetivo é atacar o PT e meu nome, posto como pré-candidato no partido”, reagiu. “Coisa de gente sem caráter, que esconde-se no anonimato para fazer política.

O problema é que me causa um dano político, um dano de imagem”, lamenta.

Em sua defesa, Rands alegou que Alexandre Rands é professor da UFPE há mais de 25 anos, enquanto a Fade tem apenas 15 anos. “Não tem o menor fundamento esta denúncia.

A Fade tem o direito de fazer contrato com quem ela quiser.

Eu não tenho influência política alguma nela.

Não sei nem quais são os contratos que a Fade tem. É uma instituição séria.

Já meu irmão tem pós-doutorado na Inglaterra.

Não é nenhum despreparado.

Há outros professores da UFPE que trabalham como consultores.

Ele não é o único” Rands desafiou o jornalista a abrir mão de seu salário, como fez com a banca de advocacia que dirigia. “Quero ver este sujeito do JB fazer isto.

Eu abri mão de tudo em função de um projeto coletivo.

Não tenho um patrimônio maior justamente por causa da política.

Se não fosse a política, ele seria três vezes maior (e não os R$ 1,9 milhão registrados no TRE).