Na manhã desta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do ato de assinatura do memorando de entendimento entre a Companhia Vale do Rio Doce, a empresa coreana Dongkuk Steel Mill Co., e o governo do Ceará, para a construção de uma usina siderúrgica no Distrito Industrial de Pecém, localizado naquele estado.
Segundo o governo Lula, a cerimônia representa o coroamento do esforço do governo federal para a instalação de uma siderúrgica no Nordeste, visando a incrementar o desenvolvimento regional.
A CSP é um parceria entre a Companhia Vale do Rio Doce e a coreana Dongkuk Steel Mill.
A usina terá capacidade inicial de produção de 2,5 milhões de toneladas anuais de placas de aço, com investimento previso de US$ 2 bilhões.
A concepção do projeto prevê sua expansão para até 5 milhões de toneladas por ano.
No evento, Lula cobrou dos presidentes da Vale, Roger Agnelli, da Dongkuk, Saejoo Chang, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, agilidade na elaboração do projeto. “O tempo agora é da competência, da elaboração do projeto, da estrutura financeira e a compra dos equipamentos para a gente começar a produzir”, disse o presidente.
O empreendimento entre a Vale e os coreanos havia batido num impasse com a Petrobras pelo fornecimento de gás natural.
Como tornou-se inviável o abastecimento para a produção do aço, os executores decidiram usar carvão na usina.
A CSP será instalada no município cearense de Pecém e deve gerar, segundo Agnelli, na fase de construção, 5 mil empregos, e após o funcionamento da usina, 2 mil.
Segundo a Vale do Rio Doce, a parceria com a Dongkuk será o quinto projeto siderúrgico atraído pela Vale do Rio Doce em três anos.
A iniciativa, somada às parcerias com a CSA/ThyssenKrupp (RJ) e com a CSV/Baosteel (ES), além da entrada em operação este ano do terceiro alto forno da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), no Espírito Santo, e da ampliação da capacidade de produção da Usiminas (MG), representa uma expansão da produção nacional de aço em 17,2 milhões de toneladas por ano, com investimentos de US$ 13,3 bilhões.
De acordo com a Vale, a CSA/ThyssenKrupp entrará em operação em 2009, a CSV/Baosteel em 2011, a siderúrgica do Ceará começa a operar no ano que vem e a expansão da Usiminas estará concluída em 2011.
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