Fontes ligadas ao agente penitenciário Ivson Correia Oliveira dos Santos, que se suicidou no dia 15 de outubro, no final de uma sessão do filme Tropa de Elite, no UCI Ribeiro Tacaruna, dão conta de que ele apresentava problemas psicológicos detectados em dois exames realizados no ano passado.

Segundo as fontes, os laudos indicavam que Ivson, 39 anos, deveria se afastar do trabalho e se submeter a acompanhamento psicológico, o que não aconteceu.

E o pior é que cerca de 20% dos agentes teriam apresentado problemas em seus exames.

Em 2006, o governo realizou os testes através do Gabinte de Psicologia da Polícia Militar, obedecendo a uma determinação do Estatuto do Desarmamento pela qual os agentes penitenciários devem passar por essas revisões de três em três anos.

Ivson não teria sido aprovado na avaliação feita em um primeiro teste.

Cerca de 30 dias depois, ainda por conta do Estado, teria realizado um segundo exame, que confirmou seu momento difícil.

O agente teria feito, então, um terceiro exame, por conta própria, em uma clínica particular, onde finalmente obteve um laudo favorável que permitiu sua permanência no serviço.

Pouco antes de cometer o suicídio, Ivson ligou para colegas de trabalho falando de sua intenção.

Amigos do agente informaram que ele enfrentava problemas no casamento e estava inconformado com a possibilidade de ser aberta uma investigação para apurar um suposto esquema de corrupção no Presídio de Igarassu, onde trabalhava.

Ivson deixou um filho pequeno.