O senador Jefferson Péres (PDT-AM) acaba de pedir a cassação do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pelas acusações de que teria utilizado terceiros para adquirir veículos de comunicação em Alagoas.

Péres é o relator da quarta representação contra Calheiro no Conselho de Ética. - Pesa contra sua presunção de inocência sua conduta na Presidência, com suas notórias e reiteradas interferências no órgão, no intuito de interferir nas investigações, ao invés de manter o afastamento exigido pelo decoro - declarou Péres, ao final da leitura de seu relatório.

Também disse que o fato de o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ter pagado pela parte de seu filho, José Renan Calheiros Filho, quando este assumiu participações societárias em empresas de comunicação foi o sétimo indício apresentado pelo relator, senador Jefferson Péres (PDT-AM). “Um conjunto tão forte de indícios vale como uma prova”, opinou Jefferson Péres.

Na leitura de seu relatório, Péres relatou o terceiro indício encontrado por ele nas investigações sobre denúncias de que o senador Renan Calheiros teria comprado empresas de comunicação em Alagoas, por meio da utilização de laranjas.

Segundo o senador, mais um indício seria uma folha de papel, com várias anotações manuscritas, encontrada entre os documentos enviados pelo empresário João Lyra ao Conselho de Ética.

No papel timbrado de Renan Calheiros, há várias anotações que se referem à compra do jornal e da TV e também algumas outras sobre licitação, Ministério dos Transportes e verbas.

O relator afirma que é um indício de que a transação teria sido negociada no gabinete do então ministro Renan Calheiros.

O quarto indício apontado por Jefferson Péres foi o fato de o acusado de ser laranja de Renan, Tito Uchôa, ter apresentado uma versão inverossímil sobre sua participação no negócio.

Ele também não teria processado João Lyra na Justiça.

Como quinto indício, o relator apontou o fato de também o senador Renan Calheiros não ter processado o empresário João Lyra.

O sexto indício é que os apontados por João Lyra como envolvidos no caso em algum momento foram assessores no gabinete do senador Renan Calheiros.

Com a Agência Senado