Do JC Online em 15.03.2006 O delegado da Polícia Federal João Carlos de Albuquerque Valença entrou com mandado de segurança para continuar trabalhando e não cumprir a suspensão de 20 dias determinada pelo Ministério da Justiça.

Ele é um dos 16 indiciados pela Operação Vassourinha, acusados de comercialização ilegal de cigarros, interceptação telefônica sem autorização da Justiça e fraudes em licitações na Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, entre outros crimes.

Ontem, o delegado deu expediente normalmente na Superintendência da PF em Pernambuco.

Passou a manhã de serviço e, segundo o escrivão Marcos Peçanha, que trabalha com ele, pretende seguir a rotina de trabalho.

Três agentes da PF no Estado também receberam punições administrativas, publicadas no Diário Oficial da União, na edição de anteontem.

No entanto, um deles, Rugberto Fernandes da Silva, já morreu.

Outro, José Otávio de Queiroga Wanderley, está aposentado.

O terceiro agente punido, Edilson Rosa da Silva, não apareceu para trabalhar ontem, segundo a assessoria de comunicação da PF.

Ele está suspenso por 15 dias, contando a partir da última segunda-feira.

Mesmo sendo a primeira retaliação aos envolvidos no caso, as punições administrativas não repercutem na condenação criminal dos acusados na Operação Vassourinha.

A Procuradoria da República ainda vai se pronunciar sobre as condenações dos 16 indiciados.

Mas, segundo a assessoria de imprensa da instituição, não há previsão para isso.

Os policiais federais que forem condenados podem perder o cargo, além de cumprirem pena na prisão.

O delegado José Carlos de Albuquerque Wanderley foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato (funcionário público apropriar-se de dinheiro ou qualquer valor de que tem a posse por causa do cargo que exerce) e corrupção passiva e ativa.

Edilson está sendo processado sob acusação de ter cometido dois crimes.

Rugberto responde a um processo e José Otávio, a seis.