O PCdoB realiza neste domingo (11), no auditório do Bloco G da Universidade Católica, na Boa Vista, conferência estadual que, além de definir as novas direções do partido no Recife e no Estado, deve confirmar o nome do vice-prefeito Luciano Siqueira como candidato da legenda à Prefeitura, em 2008. “É uma temeridade, na nossa opinião, (a esquerda) disputar essa eleição com um único candidato”, avaliou Luciano Siqueira, nesse sábado (10), durante a superfesta de aniversário do prefeito João Paulo e do secretário João da Costa. “No segundo turno, você vai somar com quem?”.

O vice fez a ressalva de que sua avaliação se refere ao quadro que está desenhado neste momento, com a oposição se fragmentando em várias candidaturas de peso como Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB), Raul Jungmann (PPS) e Cadoca (PSC). “Temos força acumulada”, disse Luciano, ao destacar que o grupo político no qual ele se insere ocupa os governos municipal, estadual e federal. “O que precisamos ter é juízo”.

O comunista lembrou, inclusive, que as eleições de 2000 e 2004 para prefeito do Recife e a de 2006 para o governo do Estado foram vencidas pela chamada esquerda com a estratégia de várias candidaturas.

Luciano Siqueira também entende como absolutamente legítimo o direito de João Paulo manifestar preferência por um candidato, o secretário João da Costa.

E acredita que não haverá um racha no PT. “As disputas internas são uma característica própria do partido”, avaliou.

Para ele, o cenário eleitoral no Recife seguirá a tradição de só se definir depois do Carnaval. “O peru de Natal arrefece os ânimos, as conversas entre os partidos recomeçam em janeiro, no Carnaval todos desfilam e depois da quarta-feira de cinzas cada um tira sua máscara”, brincou.

Pelo sim, pelo não, Luciano já começou a “explorar suas convergências”.

Na semana que passou, manteve encontro com o deputado federal Inocêncio Oliveira, maior liderança do PR.

Convergência com Inocêncio, vice-prefeito? “Sim.

O PR faz parte da base aliada”, respondeu.

E ficou acertado algum apoio? “Não.

Foi mais uma visita de cortesia.

Inocêncio é um político muito experiente.

Só se decide na última hora”, afirmou.